Pós-guerra
Não houve um
tratado de paz em
conjunto. Embora a guerra tenha terminado em março de 1870, os acordos de paz não foram concluídos de
imediato. As negociações foram obstadas pela recusa argentina em reconhecer a
independência paraguaia.
O Brasil não
aceitava as pretensões da Argentina sobre uma grande parte do Grande Chaco, região paraguaia rica em quebracho (produto
usado na industrialização do couro).
A questão de limites entre o Paraguai e a Argentina foi resolvida através de
longa negociação entre as partes. A única região sobre a qual não se atingiu um
consenso — a área entre o rio
Verde e o braço principal do rio Pilcomayo —
foi arbitrada pelo presidente estado-unidense Rutherford Birchard Hayes que a declarou paraguaia. O Brasil assinou um
tratado de paz em separado com o Paraguai, em 9 de
janeiro de 1872, obtendo a liberdade de
navegação no rio Paraguai. Foram confirmadas as fronteiras reivindicadas pelo
Brasil antes da guerra. Estipulou-se também uma dívida de guerra que foi
intencionalmente subdimensionada por parte do governo imperial do Brasil, mas que
só foi efetivamente perdoada em 1943 por Getúlio
Vargas, em resposta a uma iniciativa idêntica da Argentina.
O
reconhecimento da independência do Paraguai pela Argentina só foi feito na Conferência de Buenos Aires, em 1876, quando a paz foi estabelecida definitivamente.
Em dezembro
de 1975, quando os presidentes Ernesto Geisel e Alfredo Stroessner assinaram
em Assunção um Tratado de Amizade e Cooperação, o governo brasileiro devolveu
ao Paraguai troféus da guerra.
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